O que é a Síndrome Antifosfolípide
Dra. Marcella Mello Reumatologista Dra. Marcella Mello Reumatologista
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 Published On Apr 7, 2022

Oi gente! O assunto do vídeo de hoje é a síndrome antifosfolípide. Você já ouviu falar dessa doença?

A síndrome antifosfolípide, também chamada de SAF, é uma doença autoimune sistêmica com uma ampla gama de manifestações vasculares e obstétricas associadas à mecanismos trombóticos e inflamatórios mediados pelos chamados anticorpos antifosfolípides.

A síndrome antifosfolípide ocorre como condição primária ou no contexto de sobreposição com outra doença, sendo o lúpus eritematoso sistêmico (LES) a associação mais comum.

As manifestações mais comuns da síndrome antifosfolípide são:
- Tromboembolismo venoso;
- Acidente vascular cerebral;
- Abortos espontâneos recorrentes e perdas tardias da gravidez;
- Eclâmpsia e pré-eclâmpsia

De acordo com a manifestação que cada paciente desenvolve, é possível classificarmos a síndrome antifosfolípide como SAF trombótica (tromboses venosas e arteriais) e SAF obstétrica (eventos gestacionais, como abortos, perdas tardias e eclâmpsia).

Quando suspeitar?
Se houver ocorrência de um ou mais eventos trombóticos venosos ou arteriais inexplicáveis, especialmente em pacientes jovens, é importante investigarmos a síndrome antifosfolípide. Além disso, se houver um ou mais resultados adversos específicos relacionados à gravidez, incluindo morte fetal após 10 semanas de gestação, nascimento prematuro devido a pré-eclâmpsia grave ou insuficiência placentária ou múltiplas perdas embrionárias (menos de 10 semanas de gestação), também é indicada a investigação.

Caso alguma dessas situações tenha ocorrido, os anticorpos antifosfolípides devem ser solicitados e repetidos após 12 semanas, para confirmação.
São eles:
- Anticoagulante lúpico;
- Anticardiolipinas IgM e IGG;
- Antibeta2glicoproteina IgM e IGG.

O tratamento vai depender do tipo de síndrome antifosfolípide.
Pacientes com SAF trombótica, em geral, receberão anticoagulação por toda a vida, devido ao risco recorrente de trombose. Nas pacientes com o quadro obstétrico, o uso de AAS e anticoagulação profilática geralmente são a opção durante a gestação.
Entretanto, esse é um assunto super complexo, com diversas situações especiais que devem ser consideradas. Assim, o acompanhamento com o hematologista e com reumatologista são essenciais.

Se você ficou com alguma dúvida, vale a pena conversar com seu médico!

Quem sou eu:
Médica formada pela Faculdade de Ciências Médicas de MG – CRM-MG 71401
Especialista em Clínica Médica HGIP/IPSEMG – RQE 46817
Especialista em Reumatologia pela Santa Casa BH – RQE 50241
Título de Especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Reumatologia – biênio 2021/2022
Preceptora da Residência de Reumatologia Santa Casa de BH
Reumatologista do Corpo Clínico do Hospital Biocor
Membro da equipe de pronto atendimento do hospital IPSEMG e Instituto Orizont
Professora do Internato de Reumatologia da Faculdade de Medicina - FASEH

Site: https://portaldareumatologia.com.br/
Instagram:   / marcella.reumatologista  
WhatsApp para consultas: (31) 99893-2946

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