O fenômeno social
Entretanto, por Renato Zupo Entretanto, por Renato Zupo
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 Published On Sep 27, 2024

Em uma sociedade saudável, jovens deveriam ter por ídolos a policiais e bombeiros, bons governantes e empreendedores sociais. A bandidolatria faz com que os polos éticos da nação se revertam e por aqui passem a ser incensados os maus, os larápios e desonestos, os corruptos e covardes.

Esta estranha anomalia nasce de um discurso pronto de décadas passadas e que, para repudiar ao regime militar que governou o Brasil durante o período político de exceção, também lançou sombras e vitupérios sobre as Forças Armadas, as polícias e os juízes.

Ou seja, os jovens que cresceram no país redemocratizado aprenderam com professores e pais, jornalistas e artistas, que é legal transgredir e que o criminoso é um pobre coitado oprimido pelos mecanismos de segurança pública. De uma hora para outra, passou a ser normal fumar maconha e contrabandear cacarecos na rua, cometer pequenos furtos se tornou justificável – afinal, não deram ao pobre ladrão estudo e oportunidades. Ao mesmo tempo, se tornou retrógrado, antiquado e opressor vestir farda, defender a lei e a ordem e respeitar as instituições. O mau exemplo é que passou a perdurar em nossa sociedade doente.

Mas não é só aqui. Nos Estados Unidos, com a Guerra do Vietnã surgem os movimentos anti-militarismo, as políticas de inclusão social que abominam regras e seus fiscais e as bandeiras que, sob o pretexto de garantir a democracia, suprimem a ordem e subvertem os valores morais da sociedade. É uma pena, mas é neste mundo que vivemos.

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