ÔNIBUS CMA FLECHA AZUL DA COMETA- História completa
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 Published On Jul 20, 2019

O grande sucesso do icônico Ciferal Dinossauro fez nascer uma fábrica própria para ele, a CMA fundada pela viação cometa em 1983, seu novo nome passaria a ser Flecha Azul, com várias gerações fabricadas até 1999, veja agora sua história.
A Cometa, idealizadora do projeto dinossauro, para dar continuidade ao padrão de sua frota, resolveu fundar sua própria encarroçadora, exclusiva para os modelos em duralumínio, nascendo em 1983 a Companhia Mecanica Auxiliar, que mais adiante passaria a se chamar Companhia Manofatureira Auxiliar, instalada em são Paulo em uma das garagens Cometa, adquirida da antiga fábrica Massari pouco antes. A capacidade instalada da CMA, permitiria renovar a frota da Cometa ao ritmo de cerca de 240 ônibus/ano, embora tenha ocorrido em um rítimo menor que este.
A carroceria da CMA, modelo denominado Flecha Azul, sempre sobre chassis Scania, seria a padrão da cometa na década de 80 e 90, a primeira série, de 1983, era idêntica ao dinossauro, ainda com chassis Scania BR116, futuramente o projeto estrutural receberia melhorias, reduzindo em 700 kg o peso total da carroceria em relação ao Ciferal.
Graças a parceria com a Scania, a Cometa trazia nos Flechas inovações que apenas anos depois seriam vistas nos demais ônibus brasileiros, em 84, lançou o Flecha Azul Automático.
Em 85, foi lançado o Flecha Azul II, com a pintura original que seria mantida inalterada pela empresa até 2003, em relação ao flexa I, a alteração visual mais significativa no II foi na altura, recebeu acréscimo de 20 cm em sua altura total e na altura do para-brisa, e incorporou nova disposição das poltronas, de modo que nenhuma destas ficasse alojada frente às colunas das janelas, para que os passageiros em sua totalidade pudessem ter boa visão para fora do veículo.
No ano de 87, a Cometa começava a testar os chassis Scania K-112 C, após lançado oficialmente, o chassi passou a ser o Scania K-112 CL, tendo a Cometa o Intercooler como equipamento em todos os carros zero km, a potência do motor 112 passava de 305 para 331cavalos.
Alguns CMA Flecha Azul II da série 80 foram encarroçados e colocados em operação diretamente na Impala, subsidiária da Cometa, sua linha principal era São Paulo - Belo Horizonte, linha que foi vendida para a Gontijo em 1996, juntamente com cerca de 90 ônibus.
Em 1991 o Flecha Azul incorporou o novo chassi K-113TL da Scania, o motor modernizado agora rendia 354cv, a posição da alavanca de câmbio passou a ser mais afastada do painel, ao contrário da alavanca do chassi K-112. Em 1993, um Flecha Azul II saiu da fábrica com mais uma particularidade, caixa de câmbio eletropneumática Confort Shift, que era de série na Suécia. A intenção era testar o equipamento em terras brasileiras, e nada melhor do que o maior parceiro da Scania. O equipamento viária a ser disponibilizado oficialmente pela fabricante na linha de chassis de 1996.
Em 1995 foi apresentado o Flecha Azul IV, o novo chassis K-113 CL B trazia mudanças no sistema de freios, o modelo incorpora as rodas de alumínio para pneus com câmara, da Alcoa, passa a contar com um vidro inferior na porta, para auxiliar o motorista nas operações de estacionamento e reduzir as pequenas colisões. Em 1996, surgiu o Flecha Azul V e juntamente veio a série VI Leito. Além da caixa convencional de 5 marchas, os veículos passaram a ter como opcional a caixa de câmbio eletropneumática Confort Shift testada anteriormente.
Em 1998, aproximava-se o lançamento dos chassis de ônibus série 4 da Scania, e enquanto fabricava seus últimos flechas VII com chassis K-113 CL, a CMA recebeu para testes dois novos chassis K-124 IB. A CMA produziu então seus três últimos modelos Flecha Azul:
Em 1999, o último modelo a sair da linha de montagem, foi o prefixo 7455, último 113, serie VII.
Em 2000, a CMA lançou outro modelo diferente da família Dinossauro/Flecha Azul, equipado com chassis K-124 IB 6×2 420cv, o modelo era o CMA-Cometa, posteriormente apelidado dentro da empresa de “Estrelão”, em 2001, a COMETA foi adquirida pelo grupo JCA, controlador de várias empresas como 1001 e Catarinense.
A CMA não estava incluída na negociação entre Cometa e JCA, e continuou operando até o primeiro semestre de 2002.
O fornecimento de chassis também foi alterado, após parceria de quase 30 anos de exclusividade com a Scania, foram adquiridos para a Cometa também os chassis Mercedes Benz e Volvo.
Uma nova programação visual foi apresentada em dezembro de 2002, e vários modelos Flexa Azul e Estrelão receberam a nova identidade visual, além de mudanças internas, a CMA trabalhou até 2009 fornecendo peças e componentes de reposição para os ônibus Flecha Azul e CMA-Cometa.

Referências e Agradecimentos:
Wilson Roberto Degressi Míccoli

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