Dentre outras coisas, a década de 90 marcou o inicio da globalização como conhecemos hoje, foi um período em que todos tentavam se reinventar, parte disso podemos ver na popularização da idéia de dividir uma gama de modelos de uma marca em series, ou classes bem definidas, com variações de uma mesma carroceria, assim em 1993 a Mercedes Benz definiu que a sua família compacta de entrada seria a Classe C, e seria assim em qualquer lugar que fosse vendida. Hoje estamos na quarta geração da classe C (W205) apresentada em 2014, já na onda do downsizing com eficiente mecânica turbo de baixa, muito uso de alumínio e aços de alta resistencia, feita na moderna arquitetura moodular da plataforma MRA e à vista dos olhos um design que claramente remete aos tais coupés de 4 portas que se popularizaram à partir da irmã maior CLS e hoje tem presença em quase todas as marcas, como o Panamera da Porsche, o A7 da Audi, as Gran coupés da BMW, é fácil identificar esses traços até mesmo nos SUVs que mais parecem hatchs gigantes como a X6 da BMW e a GLE da Mercedes que pegou a cara emprestada justamente da Classe C, tremenda necessidade que as marcas tem hoje de firmar a sua identidade, muito disso pela evolução das leis e tecnologia afunilar cada vez mais o caminho mais eficiente, fica difícil inovar ou ao menos se diferenciar. De toda forma a nova Classe C é sim um carro muito bonito, a frente principalmente, bastante invocada e musculosa, o interior mantém o já conhecido primoroso acabamento das alemãs, com o uso de materiais nobres como alumínio e nogueira por todo acabamento, realmente um habitáculo agradável de passar muitas horas. Foram 80 horas de tratamento divididas em 7 dias para realizar o detalhamento completo, o resultado acentuou ainda mais algumas das linhas marcantes.