Quem diria que um canal de televisão reuniria dois gênios para um programa mensal num horário nobre? Acho que ninguém acreditaria até que aconteceu. Sob a direção de Roberto Talma. Com roteiro dos mesmos com Nelson Motta, nasceu "Chico e Caetano", que continha convidados de peso: de Paulinho da Viola a Antônio Carlos Jobim, a nata de quem produzia música naquele ano foi ao programa. Chico e Caetano cantavam juntos, convidados cantavam com eles, cantavam sozinhos. Chico e Caetano é um deleite. Ao vê-los sentimos um orgulho de sermos brasileiros e ser nossas essas canções extraordinárias. Chico e Caetano são sem dúvidas nossos melhores compositores, são a nossa força que nunca seca, num país tão desigual, a candeia que nos ilumina acima de tudo, arranjarmos a esperança. Pelo o "vai levando" ou simplesmente da contrapartida que nos apresenta pelas suas canções, temos a certeza que podemos ser um país decente, que podemos viver em paz. Obrigado Caetano! Obrigado Chico!


"O quereres" (Caetano, 1984)
"Anos dourados" (Chico e Tom Jobim, 1986)
"Festa imodesta" (Caetano, 1974)
"Águas de março" (Tom Jobim, 1972)
"Samba do grande amor" (Chico, 1984)
"Dindi" (Aloysio de Oliveira e Tom Jobim, 1960)
"Coração Vagabundo" (Caetano, 1963?)
"Milagres do povo" (Caetano, 1985)
"Sob medida" (Chico, 1979)
"Dom de iludir" (Caetano, 1982)
"Soy loco por ti América" (Gilberto Gil e Capinan, 1968)
"Escurinho" (Geraldo Pereira, 1955)
"Preconceito" (Wilson Batista e Marino Pinto, 1941)
"Pagodespell" (João Bosco, Caetano Veloso e Chico Buarque, 1986), música incidental:
"Escapulário" (Caetano Veloso sob poema de Oswald de Andrade, 1975)
"Gabriela" (Tom Jobim, 1983), músicas incidentais: "Modinha pra Gabriela" (Dorival Caymmi, 1975) e "Do pilá" (Jararaca, Augusto Calheiros e Zé do Bambo, 1938)