Francis Galton e a Eugenia
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 Published On Apr 27, 2022

em 1883, Galton começa a investigar uma ideia que para dizer o mínimo não é nada ortodoxa. Um ano depois da morte de seu primo, Charles Darwin, Francis Galton publicou um livro provocativo, Inquiries into Human Faculty and Its Development [Investigações sobre a faculdade humana e seu desenvolvimento], nesse livro ele apresenta o que para ele seria um plano estratégico para melhorar a raça humana. A ideia de Galton era simples, ele queria imitar o mecanismo da seleção natural. Galton imaginou uma aceleração do processo da evolução, com o propósito de refinar os seres humanos por meio da intervenção humana. Ele supôs que a reprodução seletiva dos seres humanos mais fortes, mais inteligentes, “mais aptos” — uma seleção artificial — poderia realizar em apenas algumas décadas o que a natureza vinha tentando desde tempos imemoriais. Aquela seria a gênese da “eugenia”, palavra esta que foi inclusive cunhada pelo próprio Galton. Essa palavra é a combinação do prefixo grego “eu” (“bom”) com “gênese”: “De boa estirpe, hereditariamente dotado de qualidades nobres”. Ele ficou muito satisfeito com essa criação e escreveu: “Acreditando, como acredito, que a eugenia humana se tornará reconhecida dentro em breve como um estudo da maior importância prática, parece-me que não se deve perder tempo para […] compilar histórias pessoais e familiares”.

Francis Galton nasceu no ano 1822, o mesmo ano do nascimento de Gregor Mendel e treze anos depois de seu famoso primo, Charles Darwin. Seu brilho ficou literalmente ofuscado entre esses dois titãs da biologia moderna. Era filho de um rico banqueiro e sua mãe era filha de Erasmus Darwin, o poeta e médico polímata que também era avô de Charles Darwin.


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Em 1859, Galton leu A origem das espécies. O impacto dessa leitura foi enorme sobre ele, produzindo um misto de sentimentos entre: inveja, orgulho e admiração. O trabalho de Darwin era brilhante, mas Galton logo percebeu que seu primo embora tivesse acertado no princípio, falhou quanto ao mecanismo: Em suma, Darwin foi incapaz de explicar a natureza da hereditariedade. Aquilo era crucial para a compreensão de sua teoria. A hereditariedade e evolução eram duas teorias que tinham uma ligação congênita. Aquilo se tornou a obsessão de Galton, pois se seu primo, Darwin resolvera metade do quebra-cabeça, ele estava destinado a solucionar a outra metade.
Galton tentou trabalhar com plantas, assim como fez Mendel em seus experimentos para entender a base das instruções hereditárias. Mas ele era um péssimo experimentalista diferentemente de Mendel. Frustrado, Galton passou a estudar seres humanos, ele acreditava que a chave do segredo devia estar em medir a variação e a hereditariedade em seres humanos. Sua abordagem viria de cima para baixo, começando pelas características mais complexas e variáveis concebíveis: inteligência, temperamento, habilidade física, altura. Aquela decisão o lançaria em uma batalha geral com toda a ciência da genética.

Vale mencionar que Galton não foi o primeiro a tentar construir um modelo da hereditariedade humana a partir da medição das variações em pessoas. Nos anos 1830 e 1840, o cientista belga Adolphe Quetelet, um astrônomo que enveredou pela biologia, começou a medir características humanas e tratou de analisá-las a partir de uma análise estatística. Quetelet escreveu: “O homem nasce, cresce e morre de acordo com certas leis que nunca foram estudadas”.
Quetelet tabulou a largura do tórax e a altura de 5738 soldados para demonstrar que o tamanho do tórax e a altura distribuíam-se ao longo de curvas normais contínuas. Ele se convenceu de que para onde quer que observasse. De fato, para onde quer que olhasse, as características e até comportamentos humanos distribuíam-se segundo curvas normais.

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