Como João Nogueira morreu?

João Nogueira foi um ícone do samba brasileiro, conhecido por sua habilidade única como cantor e compositor. Sua música refletia a alma do samba carioca, e ele é lembrado por clássicos como "Espelho" e "Poder da Criação".


João Batista Nogueira Júnior, nasceu em 12 de novembro de 1941, no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. Ele era filho de João Batista Nogueira, um advogado e músico.

Seu João, era um violinista talentoso, conhecido na cena  cultural carioca por ter tocado junto de  Noel Rosa, e por ser amigo de grandes artistas como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Donga.  

Com uma forte influência musical dentro de casa, não demorou muito para que João Nogueira começasse a dar seus primeiros acordes no violão.

Em 1951, com  10 anos, João Nogueira já sabia cantar e tocar, porém nesse ano, ele perde seu pai, e com o falecimento de Seu João, a vida financeira da família começa a decair.

Com a necessidade de contribuir para o sustento da família, João Nogueira começou a trabalhar desde cedo em diversos empregos, como vitrinista, vendedor e bancário. No entanto, sua paixão pela música nunca esmoreceu. Aos 15 anos, ele já compunha sambas para os blocos de carnaval do Méier, mostrando seu talento precoce para a composição.

O talento de João Nogueira não passou despercebido, e na adolescência, ele começou a frequentar o Bloco Carnavalesco Labareda do Méier, onde compôs sambas que mais tarde seriam reconhecidos por grandes nomes da música brasileira. Sua primeira composição, "Espere, Ó Nêga", foi gravada em 1968, marcando o início de uma carreira prolífica e respeitada.


Nesse período de sua vida, João Nogueira já era um frequentador assíduo das rodas de samba carioca, o que o levou a conhecer muita gente importante. Foi através dos amigos que fez na noite carioca, que João conseguiu se aproximar de grandes sambistas como Elizeth Cardoso, que gravou


Em profissionais. Na sua última década de vida, o sambista não conseguiu emplacar nenhum grande sucesso, embora ainda continuasse a fazer muitos shows por todo o Brasil.

No início de 1998, ele sofreu um derrame e ficou internado durante várias semanas, os médicos não acreditavam numa recuperação, porém o sambista conseguiu uma recuperação quase que total. 

 
 Devido aos problemas de saúde, João Nogueira começou a frequentar cada vez menos as rodas de samba.


Ele ficava mais tempo em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, ao lado de sua esposa Ângela.

No início dos anos 2000, o sambista sofreu novamente uma isquemia, e sua saúde precisou de acompanhamento médico constante, porém ele não desistiu de continuar com seus shows.


Poucos dias antes de sua morte, João Nogueira estava preparando dois espetáculos na casa de shows Tom Brasil, na Vila Olímpia, em São Paulo. O show também serviria para gravar um CD, que iria contar com músicas inéditas e regravações de suas canções mais famosas.

Na madrugada do dia 5 de junho de 2000, enquanto dormia em sua casa, João Nogueira começou a passar mal, sua esposa rapidamente chamou uma ambulância para socorrê-lo. Antes dos socorristas chegarem para tentar salvar o sambista, João Nogueira veio a óbito.

João Nogueira morreu no dia 5 de junho de 2000, vítima de um ataque cardíaco. Ele estava com 58 anos.

O velório do sambista aconteceu numa pequena capela do cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Em cima de seu caixão foi colocado  as bandeiras da Portela e do Flamengo.

Como era desejo do sambista, o velório ocorreu com muita música, e contou com a presença de grandes nomes do gênero, como Zeca Pagodinho, Alcione, Beth Carvalho e muitos outros.

Seu corpo foi enterrado no cemitério  São João Batista.


João Nogueira foi um artista que viveu para o samba e pelo samba. Sua voz rouca e seu estilo malandro são inconfundíveis, e suas composições continuam a ser celebradas por todos que valorizam a rica cultura do Brasil. Ele não apenas deixou músicas; deixou uma história, uma tradição e um espírito que continuará a inspirar por muitos anos.

E foi assim que João Nogueira morreu!

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