EMDR: o que é e para que serve
Neuropsicóloga Viviane Ribeiro Neuropsicóloga Viviane Ribeiro
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 Published On Oct 7, 2018

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Sou formada em Psicologia há 20 anos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Unesp; especialista em Neuropsicologia (CRP); habilitada em reabilitação neuropsicológica (FMUSP); membro da Associação Brasileira de Neuropsicologia.

Conheça meu canal no Youtube:    / @neuropsivivianeribeiro  

O que é EMDR ?
O Modelo “Eye Movement Desensitization and Reprocessing” (EMDR), é uma abordagem de terapia integrativa e abrangente guiada por um modelo de aprendizagem de processamento da informação.
É um tratamento extremamente eficaz para pessoas (crianças ou adultos) que viveram experiências perturbadoras de vida que contribuem para atuais problemas psicológicos e de saúde em geral.
A Dra. Francine Shapiro é a precursora do EMDR fundando o EMDR Institute, sediado na Califórnia (EUA).

Como experiências difíceis podem me afetar hoje?
Quando algo acontece, os olhos, ouvidos e outros sentidos são os primeiros a responder, e esta informação corporal é armazenada na memória. Estas memórias têm normalmente uma qualidade narrativa, como se você pudesse descrever uma história na sua mente, e contêm as impressões e interpretações acerca do que aconteceu.
Quando ocorre uma experiência difícil ou dolorosa, o corpo e o cérebro reagem de forma diferente. O corpo reconhece a emergência da situação e toma medidas de proteção. As suas mensagens para o cérebro parecem ser guardadas sem passar pelo processamento normal das memórias. Estas experiências, mais as emoções originais vividas na situação, ficam no cérebro de uma forma não adaptativa.
Os efeitos dessas memórias não adaptativas podem ser físicos, psicológicos ou uma mistura dos dois. As consequências e o impacto disso pode afetar a vida muito depois do acontecimento.

Como o EMDR pode me ajudar?
O modelo terapêutico EMDR é uma abordagem que desbloquea o processamento cerebral para que as memórias traumáticas se tornem memórias normais, adaptativas.
Faz uso da estimulação bilateral (visual, auditiva ou tátil) como meio de dar um arranque no funcionamento cerebral para reprocessar as experiências e lembranças dolorosas, traumáticas, difíceis e desadaptadas que continuam perturbando hoje, ou mesmo gerando sintomas e desconfortos.
Embora o método tenha sido inicialmente utilizado para tratar sequelas provocadas por traumas severos, tais como abusos sexuais e outros tipos de violência, a técnica tem se mostrado eficiente em outros transtornos psicológicos tais como: Quadros envolvendo ansiedade (tais como síndrome do pânico); Depressão; Fobias (tais como de avião, de dirigir, e outras); Traumas na infância ou na adultidade; Dificuldades de relacionamento.

Como se desenvolve a terapia em EMDR?
Para adequada aplicação do EMDR o terapeuta precisa ser habilitado pelos órgãos credenciados e seguir um protocolo de 8 fases.
A primeira fase é o momento de compreensão da história clínica da vida do paciente, identificando as situações nodais que serão os alvos a serem trabalhados na terapia.
A segunda fase envolve o fortalecimento emocional do paciente através da aprendizagem de técnicas de mudança de estado emocional para que consiga estar forte no reprocessamento das situações difíceis.
A terceira fase é o momento de proceder com evocações de imagens, crenças (negativa e positiva, imaginando uma situação de resolução), emoções, sensações voltadas para a situação em questão.
Na quarta fase ocorre o reprocessamento das memórias chaves através da estimulação bilateral que pode ser por via ocular, tátil ou auditiva. O paciente vai desenvolvendo uma dessensibilização quanto as lembranças dolorosas trabalhadas.
A quinta fase contempla aumentar conexões com redes cognitivas positivas e aumentar efeitos de generalização desse bem-estar dentro de lembranças associadas ao tema trabalhado.
A sexta fase completa o processamento de qualquer perturbação residual que possa ter ficado com relação ao tema trabalhado.
A sétima fase é o fechamento em que se assegura a estabilidade emocional do paciente.
A oitava fase se avalia os efeitos do tratamento até ali, se dá prosseguimento ao tratamento reprocessando novos alvos conforme o plano de tratamento montado na primeira etapa.

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