O curtametragem mostra o encontro de cultura do povo Payayá. Durante quatro dias, registramos os trabalhos realizados no marco de um mutirão de cercamento do território indígena Payayá, a cerimõnia tradicional do solstício de inverno; e diversas oficinas como Naturopatia Indígena, Produçao Audiovisual, Grafismos Indígenas e Capacitação em LIBRAS, além da apresentação da peça teatral Risos Ancestrais, e o toré com músicas originárias.
Os Payayá foram considerados extintos por séculos, até algumas décadas atrás, quando descendentes de este povo originário do interior bahiano, emprenderam a epopéia da retomada da identidade e do território.
O mutirão é uma prática ancestral dos povos originários brasileiros. Consiste na reunião da comunidade, com o propósito de realizar trabalhos coletivos como plantios, construções, etc. No entanto, esse encontro não é apenas uma jornada de trabalho, senão que é uma comunião de troca de saberes, celebração da cultura, consagração do alimento e enfim, um evento social e espiritual de fortalecimento da comunidade.
Por outro lado, o filme é um híbrido com imagens que descrevem de forma poética, a beleza da Chapada diamantina e da cultura do seu povo; a invasão praticada no território; e a crueldade que sofreram em especial as mulheres indígenas. Mostra os resultados de séculos de violências e preconceitos, mas também de resistência e amor pela vida.
A Re-Existência do povo Payayá é uma épica que deve ser contada e conhecida. A história que queremos mostrar fala de um povo que, com muito esforço luta por recuperar a sua própria cultura.
“Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio
financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei
Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo
Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de
apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho
de 2022.”