O DIA QUE O PAYSANDU CALOU A BOMBONERA
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 Published On Aug 17, 2022

Em 2003, o paraense Paysandu não apenas se tornava o primeiro da região a disputar o maior torneio de clubes da América do Sul, como ainda teve a pachorra de bater o multicampeão Boca Juniors na temida La Bombonera, um dos maiores caldeirões do futebol mundial. Um feito que poucos times brasileiros tiveram a honra de colocar em seu currículo.

Como o Papão da Curuzú conseguiu a histórica façanha? Antes é preciso lembrar da Copa dos Campeões de 2002, uma espécie de supercampeonato regional criado pela CBF para definir quem ficaria com a nova vaga que tinha sido aberta na Libertadores. 

Com a vaga assegurada, o bicolor foi até a Libertadores 2003 ao lado de Santos (então campeão brasileiro), Corinthians (campeão da Copa do Brasil) e de Grêmio (terceiro colocado no Brasileirão). Essa imagem de estranho no ninho sudaca ficou mais evidente ao se conhecer o grupo que o time jogaria: Cerro Porteño (PAR), Universidad Católica (CHI) e Sporting Cristal (PER), todos com longas passagens pelo torneio continental.
Pelo chaveamento da próxima fase, o adversário nas oitavas de final seria ninguém menos que o argentino Boca Juniors, que terminara seu grupo em segundo atrás do Independiente de Medellín (COL). Por isso, o primeiro jogo seria na casa deles, na Bombonera.

E o Paysandu mostrou mais uma vez que não se intimida em terras internacionais. Em uma partida tensa, a equipe de Carlos Bianchi até esboçou uma pressão, mas Iarley logo mostrou seu cartão de visitas e, como um um visitante indesejado, fez uma bela jogada pela esquerda, foi cortando pelo meio até disparar um chutaço que exigiu boa defesa de Pato Abbondanzieri.
Aos 21 minutos, o esquema montado por Darío Pereyra sofreu um baque após o árbitro Carlos Amarilla expulsar Robgol e o lateral boquense Clemente Rodriguez depois de um desentendimento entre os dois. Só que no final das contas, quem sofria mais era o Boca, que tinha um time sem criatividade e com a jovem revelação Carlitos Tévez esquentando o banco.
E um empate virou um resultado mais do que fantástico quando Vanderson foi expulso aos 10 minutos do segundo tempo após dar uma cotovelada sem escrúpulos em Schelotto. Com um a mais, o caldeirão azul e amarelo começou a ferver ainda mais.b
Até que veio o banho de água fria. Aos 23 minutos do segundo tempo, após uma reposição errada do goleiro Ronaldo, Jorginho recuperou a bola e ligou o contra-ataque. Sandro Goiano recebeu no campo adversário, segurou, viu Iarley livre na esquerda e passou. Iarley fintou para dentro, tirando dois zagueiros argentinos, e chutou forte e rasteiro para o fundo da rede. Um a zero Papão.
Era o fim de um resultado histórico. O dia 24 de abril de 2003 ficou para sempre marcado como o dia em que o Paysandu, com um a menos em campo, bateu o poderoso Boca Juniors dentro da Bombonera
Na partida de volta, a torcida do Paysandu fez sua parte, lotando o estádio do Mangueirão e fazendo uma grande festa mesmo com uma greve de ônibus que acontecia em Belém. Só que em campo, o time decepcionou. Schelotto marcou três gols, sendo dois de pênaltis, e o Papão não conseguiu sequer um empate. Resultado final: 4 a 2 para o Boca e festa portenha em terras paraenses. Mesmo assim, o time bicolor foi aplaudido de pé pelos mais de 57 mil torcedores.
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