ENTREVISTA: "Vicente é passivo agressivo", diz Gianecchini sobre personagem de Uma Família Feliz
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 Published On Apr 5, 2024

Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini formam um típico casal “margarina” em Uma Família Feliz, mas não se engane. O novo filme de José Eduardo Belmonte (Alemão) é suspense psicológico. É na festa de 10 anos das filhas gêmeas que conhecemos Eva e Vicente, e o barrigão dela anuncia o novo rebento, um menino.

Basta o bebê nascer para algo mudar na rotina dessa família privilegiada, que mora em um condomínio de luxo em Curitiba. Os pormenores desse clã vêm à tona num jogo de máscaras difícil de desvendar. E o mistério ergue-se pela suspeita de que alguém esteja machucando as crianças.

A história original e o roteiro são de Raphael Montes (série Bom Dia, Verônica), que estreia como diretor-assistente. O argumento também deu origem ao livro homônimo, lançado pela Companhia das Letras.

Em pleno puerpério, a personagem moldada com sensibilidade por Grazi é uma mulher enigmática. Fica a dúvida entre deprimida ou psicopata. Sobre o marido recai, inclusive, a desconfiança de abuso sexual. O que não se discute, porém, é o nocivo posicionamento de Vicente, um advogado em ascensão. São recorrentes os comentários depreciativos sobre o trabalho de Eva como artesã de bonecas – um tanto bizarras, por sinal. E acumulam cobranças para que ela abandone a profissão e se restrinja aos afazeres domésticos.

A sororidade é deficitária, e a sociedade que julga e condena à luz do preconceito se faz presente na trama. Belmonte explora os signos do thriller com um enredo repleto de pistas falsas. Há escorregos na verossimilhança, mas a tensão fica na voltagem máxima. E fica o aviso: espere até o fim dos créditos para matar 100% da charada.

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