Published On Jan 10, 2023
Neste video, falarei sobre como é feito o diagnóstico da distonia e das possibilidades de tratamento deste importante distúrbio do movimento.
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Como é feito o diagnóstico da distonia?
No início dos sintomas, dependendo da localização, a distonia pode ser confundida com uma doença ocular (quando afeta as pálpebras), um torcicolo, um tic nervoso, sendo comum o paciente passar por vários médicos antes de procurar um neurologista.
O diagnóstico é feito através de uma análise detalhada da história clínica e do exame neurológico, avaliando-se as características do movimento que em geral apresenta uma previsibilidade e padronização.
A presença de outros sinais e sintomas neurológicos, como espasticidade e tremor, podem dificultar o diagnóstico.
Quando a distonia inicia na infância, tende a afetar várias partes do corpo ou se generalizar e comumente é de causa genética. A distonia que inicia no adulto, tem uma tendência de ficar mais restrita a uma ou duas partes do corpo.
Exames de sangue são realizados para avaliar possíveis causas. A principal alteração encontrada no teste genético é no gene DYT1, porém, existem outros genes afetados. A ressonância magnética encefálica é solicitada para avaliar possíveis lesões.
Distonia tem cura?
Ainda não existe cura para a distonia, entretanto, é possível através de medicamentos, reabilitação física e cirurgia, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Tratamento da distonia
O tratamento da distonia deve integrar vários profissionais de forma a potencializar e complementar cada modalidade terapêutica, proporcionando maior benefício ao paciente na melhora dos sintomas e na sua qualidade de vida.
- Medicamentos
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, dando-lhe mais conforto e autonomia. O neurologista pode utilizar vários tipos de medicamentos, dependendo do tipo da distonia.
As principais drogas usadas são relaxantes musculares, agonistas dopaminérgicos e anticolinérgicos.
Existe uma forma de distonia que acomete crianças e adolescentes, de causa genética, que apresenta boa resposta a levodopa.
- Toxina botulínica
A aplicação de toxina botulínica nos músculos afetados, produzindo um relaxamento, é extremamente útil na distonia focal. Geralmente o efeito da toxina botulínica dura de 3 a 4 meses, sendo necessário repetir a aplicação regularmente.
- Cirurgia
A cirurgia é proposta no tratamento de vários tipos de distonia quando o tratamento com remédios e a toxina botulínica (quando indicada) não apresentam resultados satisfatórios no controle dos sintomas do paciente.
A técnica cirúrgica mais utilizada atualmente é a estimulação cerebral profunda em que o neurocirurgião implanta um ou dois (depende do caso) finos e delicados eletrodos numa área específica do cérebro, por onde passará uma baixa corrente elétrica (o paciente não percebe) originada por um neuroestimulador/gerador situado abaixo da pele da região torácica.
- Reabilitação motora
A fisioterapia e a terapia ocupacional auxiliam no relaxamento muscular, no alívio da dor, melhorando a postura e as contraturas. Também contribuem para evitar que músculos e tendões encurtem.
A fonoaudiologia auxilia com exercícios musculares que melhoram a deglutição e a fala.
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