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um título orgânico para uma canção que singra pelas águas da Baía de Todos os Santos, lugar onde os saveiros surgiram com identidade própria e peculiar, eternizando um tipo de embarcação integrada às suas águas, assim como as velas, igualmente integradas aos ventos. A Baía de Todos os Santos mantém o seu ar de nostalgia que ainda lembra a original. São vestígios que inspiram poesia e nos levam para um determinado tempo ou lugar da memória. Leva-nos, em verdade, a perceber o tempo em um ritmo próprio e peculiar, como um “sentimento” que até alguns historiadores notaram ser compatível com a sintonia natural dos moradores nativos das ilhas e das pequenas cidades nos arredores das suas águas e natureza tão fartas. Um lugar de vida própria, onde a pressa é naturalmente lenta, como na relação entre o vento e a vela, e entre o saveiro e mar.

Canção "Orgânico Recôncavo"
Autor e intérprete - Carlos Lopes
Participação especial de Angela Velloso (Luxuosa presença. Encantamento!)


O Saveiro o mar
o vento a vela
o barco o cais
do coração da Baía de Todos os Santos
Singrar na direção dos rios
artérias Rios
pulsando o mar
ao fluxo normal
Refluxos do mar nas veias vêm
içadas velas
rios, correntes, calmaria
Tempo ao tempo
pressa lenta
Foz da vida sapiência
A sorte a vida faz
luz da vela
vida eterna
longa Vida
Salve o Saveiro e o mar
salve o Saveiro do mar