Como não brigar na quarentena
Daniel Martins de Barros Daniel Martins de Barros
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 Published On Mar 22, 2020

Não brigar é possível? Eu fiz uma resolução de ano-novo pra 2020: não brigar. No trânsito, em casa ou onde quer que seja. Quando eu contei, me chamaram de louco, claro, mas eu já digo como estou conseguindo.

Vou compartilhar no Instagram, na minha coluna do Estadão e aqui nesse canal meus sucessos e fracassos nessa meta pública. Por que estou fazendo isso? No fim de 2019 muita gente começou a me procurar para dar entrevistas sobre o fato de que as pessoas queriam fazer as pazes, por causa das eleições de 2018, que foram um grande motivo de briga.

Nesse ano de 2020 tem eleição de novo e muita gente pode entrar em brigas. Sabe aquele ditado, “Quando um não quer, dois não brigam”? Discordar não é entrar em embate. A primeira coisa é tomar uma decisão: não quero brigar.

Costumo dizer que eu nunca passo raiva no trânsito, os outros é que passam. Por isso sempre peço desculpa preventivamente. Sim, já pedi desculpas mesmo estando certo. O que acontece é que as pessoas ficam desarmadas com essa reação e não conseguem brigar – quando um não quer...

Quando alguém vem pra cima da gente, a primeira coisa que acontece é gerar a reação instintiva de querer se defender. Queremos agredir de volta, e isso gera a mesma reação, em uma escalada de violência.

Muitas vezes a gente tem recaídas, mas se você fica firme no compromisso, consegue evitar brigas. Eu decidi: quero um ano de paz. Isso significa não dar bronca nos filhos? Não. Disciplinar, corrigir ou colocar de castigo é diferente de brigar. Senão você mistura raiva ao momento de disciplinar. Gritar não ensina. A gente grita porque perde a paciência.

Os outros podem brigar comigo – instigando, por exemplo, me provocando. Talvez a gente brigue, porque somos humanos, mas evitar será um exercício.

Numa discussão, geralmente os dois lados têm razão – mas queremos que nossa razão seja superior. O outro também e por isso as brigas começam. Se a gente inverter esforços tentando entender a razão dele, canalizamos energia para a compreensão.

Coloque energia nisso e transforme a briga num diálogo. Num certo momento, você pode perceber: “Concordamos em discordar”. Pensando assim a gente pode ter um ano de paz, o que acha?

Mande esse vídeo para o grupo da família e proponha o exercício a eles!

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Daniel Martins de Barros
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