Pôster - A figura subversiva feminina em narrativas distópicas
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 Published On Aug 12, 2022

PÔSTERS XVIII ENCONTRO INTERNACIONAL ABRALIC:

A figura subversiva feminina em narrativas distópicas

ISABELA CAZARINI DO PRADO

ORIENTAÇÃO: Léa Evangelista Persicano

RESUMOS: A distopia literária apresenta sociedades hipotéticas em que as condições de vida são bem piores do que as que prevalecem nas sociedades reais (MATOS, 2017). Identifica-se três formas principais e inter-relacionadas do conceito, segundo Gregory Claeys (2017): a política, a ambiental e a tecnológica, sendo que a distopia política totalitária tem recebido grande atenção por parte de leitores, pesquisadores e historiadores. Em sociedades totalitárias – contexto principal de representação e crítica nas obras dessa vertente literária – sentimentos como o amor tendem a não ser mais expressos e a troca de afetos parece inexistente, enquanto a mulher se torna a “guardiã” de sentimentos proibidos, desde o puro desejo sexual até o envolvimento romântico ou intelectual. A literatura distópica clássica tem como suas representantes produções a exemplo de Nós (1924), de Ievguêni Zamiátin, 1984 (1949), de George Orwell e Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury, as quais compõem meu objeto de estudos na Iniciação Científica que desenvolvo na Universidade Federal de Uberlândia, no Instituto de Letras e Linguística. Elas possuem, predominantemente, protagonistas homens e pensar na figura feminina como um elemento desencadeador de desordem, sobretudo em como a mulher desempenha um papel de desestruturação do protagonista junto ao sistema dominante, faz-me entender também a forma como esse espaço foi construído para homens tendo como base material as funções definidas pelo patriarcado, conforme escreve Luiza Bairros (2020) em “Nossos feminismos revisitados”. Sendo assim, nas obras Nós, 1984 e Fahrenheit 451, foco a análise em atuações femininas em relação a sujeitos masculinos que de início servem a ideais governistas; verifico como o contato e a convivência com determinadas mulheres abala esses sujeitos e, consequentemente, desperta neles consciência de sua alienação e uma tentativa de mudança.

PALAVRAS-CHAVE: distopias clássicas; mulheres subversivas; protagonistas masculinos.

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