Povo Kayabi e o sal da palmeira Inajá - Documentário
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 Published On Aug 21, 2024

O sal é essencial para o funcionamento do nosso organismo e faz parte da alimentação humana há milênios e seu uso vai desde condimento, remédio e até mesmo moeda de troca (vem daí a origem da palavra salário).

A maneira mais difundida de obtenção do sal é através de sua extração a partir da água do mar e, em segundo lugar, a partir de minas em lugares onde o sal se acumulou por questões de história geológica.
Entretanto, em lugares mais remotos, onde as populações estavam longe do mar e de fontes minerais de sal, algumas populações humanas descobriram maneiras de obter o sal para suprir suas necessidades a partir de recursos genéticos de plantas.

É o caso de dois povos indígenas que hoje habitam a região do Xingu, no estado do Mato Grosso.

Povo Kayabi e o sal da palmeira Inajá

O povo Kayabi, hoje em sua maioria habitante do Xingu, são originários do Pará e foram transferidos para o então criado Parque Indígena do Xingu em meados do século passado.

Nessa transferência, por uma série de razões, acabaram deixando de produzir o sal que prodiziam a partir da palmeira Inajá. O processo de produção desse sal é muito parecido com a do povo Waurá, mudando basicamente a fonte do Recurso Genético que utilizam, no caso a palmeira, ao invés do Aguapé.

Ano passado, durante uma etapa do trabalho que o pesquisador Fábio Freitas, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia realiza na aldeia Ilha Grande, do povo Kayabi, o pesquisador comentou com o cacique Siranhu a respeito do documentário que estavam produzindo na aldeia Ulupuwene, do povo Waurá, sobre a produção do sal do Aguapé.
Essa informação despertou a lembrança naquele Cacique sobre as histórias que seu pai e sua sogra contavam sobre a produção do sal por seu povo.

Num movimento de resgate cultural, ele consultou sua sogra, Mói Kayabi a respeito de como seu povo produzia esse sal e, com a orientação dela, Siranhu conseguiu reproduzir o processo o qual, posteriormente a Embrapa produziu um segundo documentário, nesse caso não apensa do processo em si de produção do sal, mas o registro de recuperação de uma tradição de ovo kayabi que estva se perdendo, num movimento de fortalecimento cultural.

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