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Basicamente o esquema de aterramento TN-C é aquele os as funções de proteção e de neutro são feitas por um único condutor. Ou seja o condutor neutro acumula as duas funções e passa a ser chamado de PEN ( condutor de proteção PE + condutor neutro).

Para montar o esquema de aterramento TN-C eu tenho que aterrar a minha alimentação, ou seja, conectar o neutro com o meu sistema de aterramento. Mas atenção pessoal não é o aterramento funcional da concessionária onde normalmente o neutro é aterrado, estou falando do meu sistema de aterramento composto de eletrodos de aterramento construídos exclusivamente para equipotencialização e aterramento de massas e estruturas metálicas.

Agora vamos às restrições do esquema TN-C conforme NBR-5410:

5.1.2.2.4.2 – F) Não se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a função de seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos seja atribuída aos dispositivos DR.

NOTAS – 1) Para tornar possível o uso do dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser convertido, imediatamente a montante do ponto de instalação do dispositivo, em esquema TN-C-S. Isto é: O condutor PEN deve ser desmembrado em dois condutores distintos para as funções de neutro e de PE, sendo esta separação feita do lado fonte do dispositivo DR, passando então o condutor neutro internamente e o condutor PE externamente ao dispositivo.

5.4.3.6 – Em toda edificação alimentada por linha elétrica em esquema TN-C, o condutor PEN deve ser separado, a partir do ponto de entrada da linha na edificação, ou a partir do quadro de distribuição principal, em condutores distintos para as funções de neutro e de condutor de proteção. A alimentação elétrica, até aí TN-C, passa então a ser esquema TN-S (globalmente, o esquema TN-C-S).

Observando os textos da norma acima podemos concluir que a separação do neutro em dois condutores a partir do quadro de distribuição é obrigatório e fazendo este procedimento é possível a utilização do DR mesmo tendo um esquema de aterramento TN-C na entrada que passa a ser convertido em TN-S a partir do quadro de distribuição e se transforma em um esquema globalmente conhecido como TN-C-S.

O que precisa ficar muito claro é que depois que o condutor PEN passa a ser dividido em dois condutores (proteção e neutro) no quadro de distribuição eles não podem mais ser unidos. Então fazer jumper entre o neutro e o terra de uma tomada é gambiarra, assim como fazer jumper entre o neutro e o terra do chuveiro.

Aqui no canal você já deve ter escutado muito os termos “esquema de aterramento”, “equipotencialização”, “eletrodos de aterramento” e “BEP”. Vamos abrir um pouco mais os termos para você entender melhor:

Esquema de aterramento – Formato ou característica da sua montagem do aterramento conforme as 4 condições permitidas pela norma (TN-C, TT, IT, TN-S).

Equipotencialização – Colocar todas as massas (metálicas) e estruturas metálicas de uma edificação no mesmo potencial elétrico.

Eletrodos de aterramento – Conjunto de cabos, hastes, conectores e demais acessórios que compõem um sistema de aterramento.

BEP – Barramento de equipotencialização principal.

Tem mais uma restrição importante quanto à utilização do esquema de aterramento TN-C. O condutor PEN não pode ter seção mínima inferior a 10mm². Este esquema de aterramento também pode ser muito ruim para sua instalação se ocorrer perda de neutro ou sobretensão. Ele não é o mais recomendado, mas não havendo condições de instalação de outro esquema de aterramento ele é uma forma de oferecer o mínimo de proteção e segurança para as suas instalações.

Ou seja, só faça o esquema TN-C quando não existir possibilidade de fazer outro esquema de aterramento. Se a construção ainda não iniciou, então dê preferência para o sistema de aterramento TN-S, que é considerado por nós da ELETRICITY o esquema de aterramento mais seguro para ser executado.

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