Julgamento Sara Carreira: Ivo Lucas Chora ao Recordar os Momentos Antes do Acidente
Diversidade em Foco Diversidade em Foco
16.6K subscribers
23,479 views
209

 Published On Oct 24, 2023

Na passada terça-feira, 24 de outubro, teve início a primeira sessão do julgamento relativo à trágica morte de Sara Carreira, no Tribunal de Santarém. Ivo Lucas, um dos acusados no caso, visto que conduzia o carro em que Sara Carreira seguia no fatídico acidente na A1, ocorrido a 5 de dezembro de 2020, prestou o seu testemunho.

O ator e cantor começou por relatar: "Eu e a Sara fomos ao Porto para tratar de assuntos relacionados com a marca de roupa. Nesse dia, a única pessoa que podia acompanhá-la era eu. Saímos de casa perto da hora de almoço, estivemos com a D. Fernanda e o Mickael em casa. Recolhemos peças de vestuário da marca que a Sara estava a desenvolver. No armazém, ocorreram algumas trocas de produtos, mas organizamos tudo e regressamos a Lisboa (...)". Isto de acordo com informações do Correio da Manhã.

Ivo Lucas acabou por emocionar-se: "A Sara tinha um hábito que adorava: comer canja nos dias frios. Propositadamente, fizemos uma paragem numa área de serviço." "Quando saímos do Porto, estava a chover ligeiramente, mas depois a viagem decorreu sem problemas", lembrou.

"Não consigo precisar a velocidade, não tínhamos pressa em chegar. Estávamos a fazer a viagem tranquilamente", assegurou. "A Sara telefonou [para os amigos], disse que estava tudo tratado, que ainda tinha tempo para ir treinar, pois tínhamos um ginásio na nossa casa...", acrescentou com a voz embargada.

"Dirigi-me à Sara, pois estava a desempenhar uma personagem e disse-lhe, era a nossa forma de falar, que a amava muito e que tinha muita sorte por a ter na minha vida. E ela respondeu: 'E eu a ti'", recordou. De seguida, Sara Carreira gritou "cuidado", e Ivo Lucas avistou uma figura, não se recordando de mais nada.

"A única memória que tenho é de estar no meio da autoestrada, com o braço partido, sem t-shirt, sem saber onde estava e sem notícias da Sara. Tudo aconteceu muito rapidamente, todas as memórias são como flashes. Senti muita pressão na cabeça, é difícil de explicar, é como uma montanha-russa", desabafou.

"Lembro-me de olhar para o meu braço desfigurado e de não compreender o que estava a acontecer, se era um sonho. Comecei a ouvir uma voz que me chamava, pedindo-me para me dirigir até a pessoa. Era uma senhora que me pediu para entrar no carro dela, que estava com a porta aberta. Lembro-me de lhe ter dito que tinha visto o meu melhor amigo ali, aquele que morreu quando tínhamos 17 anos. Não compreendi o que estava a acontecer e continuava a perguntar pela Sara. Ela pediu-me para acalmar. Um senhor também se aproximou e pediu-me que me tranquilizasse. Depois, surgiu outra senhora que disse: 'É a filha do Tony'", relatou.

"A ideia era que a Sara fosse a casa jantar com a mãe, na Charneca da Caparica, e depois iríamos treinar no nosso ginásio em casa. Em seguida, planeávamos passar o fim de semana com amigos em Salvaterra. Quando avistei a figura à minha frente, já estava demasiado próxima, tudo aconteceu muito rápido", concluiu.
#SaraCarreira #IvoLucas #Julgamento #Testemunho #Emoções #Tragédia #Acidente #Tribunal

show more

Share/Embed